domingo, 13 de julho de 2014

CONFIRA NA ÍNTEGRA A ATA DA REUNIÃO DOS PROFESSORES DO DIA 07/07/2014

APENAS 20 PROFESSORES PRESENTES
       Aos 07(sete) dias do mês de julho de 2014 reuniram-se no Salão Paroquial da Igreja matriz de São Francisco de Paula, centro da cidade de São Francisco de Itabapoana os professores da rede municipal deste município, para na oportunidade discutirem sobre os pisos salariais anunciados pelo prefeito, os percentuais entre classes e níveis no Plano de Cargos do magistério e assuntos gerais. Foi aberta a reunião pelo presidente da Entidade Cirábio Ramos que saudou a todos e em seguida fez as considerações iniciais destacando a importância do novo piso anunciado pelo prefeito no início da carreira do professor, mas o grande perigo que os professores poderão estar expostos ao longo da carreira. Segundo o presidente, os recursos que o município recebe de FUNDEB não serão suficientes para custear todo o enquadramento que já existe e os que se sucederão, caso os percentuais entre classes e níveis permaneçam os que estão em vigor. Como se trata em dados técnicos e matemáticos, o prefeito e a contabilidade da prefeitura não têm como fazer milagre para fechar as contas e não ultrapassar os 54% que é o limite máximo para se gastar com folha de pagamento. Assim sendo, afirmou o presidente, só se espera uma saída, reduzir os percentuais de valorização dos professores graduados e pós- graduados para resolver o fechamento das contas e cumprir o mínimo do piso nacional.  Segundo ainda o presidente, grande massa de professores aplaudiu de bom grado o anúncio do piso, pois naquele momento a primeira impressão é que ficou; o imediatismo falou mais alto. Aguardem para um futuro que não vai demorar muito para aqueles próprios professores que aplaudiram calorosamente perceberem a desvalorização de sua carreira quando tiverem de posse de um diploma de graduação e pós-graduação quando forem solicitar seus enquadramentos. Disse ainda que, a cada janeiro segundo a Lei do piso, teremos um novo piso mínimo nacional para o professor brasileiro e aí ficaremos a mercê de um ato do Executivo, ou seja, começaremos a nova luta para atualização do piso em São Francisco. É só esperar os próximos 06 (seis) meses para comprovar esta afirmação. Após esta explanação o presidente distribuiu uma planilha do Plano de Cargo do magistério com a PROPOSTA do sindicato, onde o piso inicial foi com o valor de R$ 900,00 (novecentos) reais, mas com a permanência de todos os percentuais, onde os professores presentes puderam perceber a vantagem da proposta da Entidade onde a valorização daqueles que se esforçaram para cursar uma faculdade seriam contemplados principalmente no final da carreira. Foram apresentados no telão alguns Artigos da Lei do Fundeb e do piso nacional do professor. O destaque foi exatamente aos Artigos da Lei do Fundeb que determinavam a elaboração do Plano de Cargos como forma de valorização dos professores e a garantia de recursos para o pagamento de remuneração condigna, além do destaque da Lei do Piso que determinava o prazo limite em 31 de dezembro de 2009 para os municípios cumprirem a elaboração ou adequação do Plano de cargo de acordo com a nova Lei. Foi registrada pelo presidente a presença da professora e vereadora Yara Cinthia, onde foi destacado que a elaboração do Plano de Cargo foi feita na gestão da professora enquanto secretária de educação e que naquela ocasião o piso inicial do professor de formação em nível médio foi respeitado e cumprido a risca. A desvalorização veio acontecendo a partir de 2010, pois não foi atualizado conforme os anúncios do governo federal. Franqueada a palavra, a professora Yara afirmou que os professores vão sair perdendo e que os mais prejudicados serão os professores graduados e pós-graduados. Segundo ela a qualidade da educação em São Francisco no futuro poderá ser prejudicada, pois os professores não mais se sentirão estimulados a cursarem uma faculdade e se limitarão à formação inicial. Foi perguntado a ela se na condição de vereadora não poderia fazer alguma coisa para garantir os percentuais entre as classes e níveis? Respondendo, ela afirmou que seria apenas uma bandeira levantada e que não podia responder pelos os demais vereadores. Tomando a palavra, o presidente destacou que não consegue compreender o que passa pala cabeça dos professores quando se trata da necessidade de lutar pelos seus direitos e por melhores condições de trabalho. Destacou a grande carga de responsabilidade que carrega sobre as costas por defender sozinho com mais dois diretores que atuam para resolver problemas coletivos. Destacou que mesmo dando o melhor de si ainda é criticado como um Sindicato que não faz nada. Disse ainda, que enquanto os professores de São Francisco não acordarem para luta, vão ter que se contentarem com aquilo que os gestores quiserem dá. Fica consignado nesta a presença de apenas 20 (vinte) professores presentes. Foram convocados mais de 600 (seiscentos). Ao final não havendo mais perguntas e nem questionamentos, o presidente afirmou que todos serão avisados e convocados para a sessão na Câmara que irá aprovar os novos pisos e tabela do enquadramento. O presidente afirmou que se sente tranqüilo por ter o dever cumprido como sindicalista e lutador classista. Se seus colegas de profissão não participam das lutas e nem das reuniões, não é por falta de convocação e nem de aviso. Ao final agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião. Eu Rosemeri Guimarães da Silva secretária designada para esta, lavrei e secretariei a presente que, após lida e aprovada segue assinada por mim, o presidente e pelo menos mais três da lista de presença.

13 comentários:

  1. quem aplaudiu nao imaginou q haveria perdas

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  2. se vc mesmo diz que de acordo com a lei não se pode ultrapassar esses 54%, qual seria então a solução.Pois pelo que sei vocês também estavam lutando para melhorar o sala´rio dos professores.Qual é a saída então, pra valorizar o profissional e ter condições para arcar com isso?

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    1. Otimizar a estratégia de políticas públicas no que tange buscar solução para adequar quantitativo de alunos ideal para cada professor extinguindo as multisséries. Para isso o gestor público tem que ter a coragem para transformar algumas escolas já existentes em escolas polos com estrutura e melhorar a qualidade do transporte escolar. Neste caso muitas escolas que não serão mais instituições de ensino fundamental precisarão ser transformadas em prédios com outros atendimentos nas comunidades. Só que para isso o gestor deve ter coragem para enfrentar desgaste político, mas é a solução. Resumindo: menor necessidade de professor, menor despesas com funcionamento de menos escolas, demissão de contratados e mais recursos para investir na remuneração dos trabalhadores na educação e no desenvolvimento da educação municipal. OK!

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  3. O professor graduado e pós graduado não sabe se rir ou chora, pq a cada notícia divulgada estes só têm decepção. Deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeuus me liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiivre, de ser professor nos dias atuais.

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  4. e qual político vai fazer isso.hahhah

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    1. É verdade, os políticos só farão isso quando eles entenderem que: "UM MUNDO SEM PROFESSORES, É UM MUNDO SEM NENHUMA OUTRA PROFISSÃO". E nessas profissões incluem-se também: PREFEITOS, VEREADORES, médicos...e outros.

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  5. São Francisco quando surge uma notícia boa, pode esperar que vem bomba!!!! O piso nacional, foi divulgado independente do Plano de Carreira, não entendo o que tem a ver uma coisa com a outra!

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  6. Não entendo pq alguns professores ainda em São Francisco acredita que o prefeito vai respeitar anúncio do piso nacional. Acorde e participe da luta colega. Se não fosse o sindicato lutar e apoiar os professores com advogado e despesas para custear as custas judiciais o Excelentíssimo não teria anunciado o piso. Se vc não sabe colega, o Plano de cargo é uma exigência da lei do piso, e este esta atrelado àquele.
    Procure participar das reuniões do sindicato e ficar informada. Aguarde, em janeiro vamos ter novo piso e só Deus sabe quando o prefeito vai atualizar o piso em 2015 A sorte é que temos um sindicato atuante.

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    1. Amigo(a) do comentário de 06:55, sabe-se Deus quando vai ser resolvido esse nosso piso atual com câmara de recesso e outras situações burocráticas, e o pior, não vai ser retroativo. Imagine o de 2015

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  7. Vc ainda não dispõe da tabela com os futuros vencimentos.

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  8. E por falar em retroatividade, gostaria de saber de Cirábio se o piso salarial do professor não é para ser pago retroativo desde que a presidência aprovou? Aguardo sua resposta e agradeço.

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    1. Este e outros questionamentos, todos os professores tiveram oportunidade de exporem na reunião do dia 07/07/14. Porém, apenas 20 professores deram atenção à convocação do Sindicato e compareceram a mesma. Quanto a retroatividade, acredito que após aprovação do ante-projeto pela câmara, o mesmo deverá preceituar sobre o assunto em questão. Tb estou curioso sobre a redação da nova Lei. Vamos aguardar juntos o resultado! C. Ramos.

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O Sindicato dos Servidores SFI deseja a todos sucesso!

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